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Cascudo da Rebimboca!



Artistas gráficos de mãos cheias, Larissa Ribeiro e André Rodrigues formam o Estúdio Rebimboca, empresa amiga e parceira do Projeto Douradinho, sendo responsável pela identidade visual do projeto, das ilustrações e da diagramação da terceira edição do livro “Amiga Lata, Amigo Rio”, do novo projeto pedagógico, das traduções do livro etc.


O Estúdio Rebimboca gosta de misturar arte gráfica, ilustração e animação para falar de política, direitos humanos, meio ambiente e bicicleta. Em 2015 publicou o “Quem manda aqui?” – um livro de política para crianças pela Companhia das Letrinhas (que foi indicado pelo jornal El País como uma das publicações latino-americanas mais importantes de 2015), fez a arte gráfica e as ilustrações do aclamado “Brazil For Children”, cancioneiro lançado pela Editora Peirópolis, entre outras publicações que enchem os olhos de crianças e adultos.


Abaixo segue uma entrevista que o escritor Thiago Cascabulho fez com a dupla:


Cascabulho: Podem falar um pouco do processo criativo de vocês para este projeto?


Rebimboca: O processo começa com documentação e busca de referências para entender a paisagem e o peixe real. A partir daí, fazemos um mergulho no texto para buscar as sensações existentes nele, e buscamos traduzi-las em imagens tentando agregar elementos de subjetividade, para que as ilustrações não ficassem estritamente descritivas, abrindo assim também uma porta para a imaginação das pessoas que lêem.


Cascabulho: Qual ou quais ilustrações do livro vocês mais gostaram de criar e porquê?


Rebimboca: As que mais curtimos fazer foram a do turbilhão e a das águas claras, curtimos muito a possibilidade de traduzir em imagens as sensações abstratas como o movimento e a refrescância.


Cascabulho: Porque em cada momento da narrativa o personagem Douradinho tem uma cor diferente?


Rebimboca: Além de agregar um elemento de fantasia, as diferentes cores traduzem luminosidades diferentes. Uma árvore não é verde o dia todo: ela pode ser azulada pela manhã, verde-vivo ao meio dia, e arroxeada no fim da tarde. Queríamos desafiar a ideia pré-concebida de que as cores são fixas e imutáveis: elas na verdade são mutantes, se transformam de acordo com o ambiente e a luz que incide, e por causa disso comunicam muito à nossa subjetividade. Dependendo da iluminação de uma cena nosso cérebro é capaz de identificar sensações de perigo, aborrecimento, tédio, alívio, alegria, e por aí vai.


Cascabulho: Qual o maior desafio que vocês encontraram neste projeto?


Rebimboca: O desafio foi conseguir captar as sensações de cada momento, para que não tivéssemos que comunicar apenas através da figura do personagem. Como a narrativa é centrada no Douradinho o tempo todo, corríamos o risco de que as ilustrações ficassem monótonas ou repetitivas, por isso utilizamos elementos gráficos como as bolhas e plantas, e também a ambientação dos cenários para que tudo comunicasse algo sobre a história, aliviando assim a responsabilidade do personagem de ter que só ele ser ator das imagens.










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